
Criatura Som e seus Espectros,
de Vivian Caccuri
Está no mundo o livro Criatura Som e seus Espectros, primeira monografia da artista paulistana Vivian Caccuri! 💫
A publicação reúne 15 anos de sua produção artística, marcada por investigações em torno do som como vestígio sensorial que atravessa corpos, objetos, paisagens e a própria passagem do tempo. Estão presentes obras marcantes de seu trabalho multimídia, entre esculturas, composições, desenhos, performances, bordados e até festas.
Publicada pela Act Arte com apoio institucional das galerias Almeida & Dale e A Gentil Carioca, a monografia apresenta textos de curadores que vêm acompanhando o trabalho de Caccuri ao longo dos anos, e a partir de diferentes lugares do mundo: o brasileiro Bernardo de Souza e o historiador de arte e crítico suíço Olivier Berggruen assinam ensaios que mergulham em diferentes aspectos da obra da artista, e a italiana Cecilia Alemani, diretora artística da 59ª Bienal de Veneza, conduz uma entrevista inédita com Caccuri sobre o desenvolvimento de seu relacionamento com o som.
O arrojado projeto gráfico, assinado por Felipe Chodin, inclui elementos com estética reminiscente de barras de volume, QR codes direcionados a plataformas de áudio e vídeo, além de recursos como a incorporação de desenhos de mosquitos, componente visual e sonoro muito presente na obra da artista. A edição é de Marina Dias Teixeira e Yasmin Abdalla.
“Tenho interesse em todos os tipos de sons indesejados. Não exatamente o que os modernistas e experimentalistas sonoros consideram como ‘ruído’. Esses ‘ruídos’ modernistas ainda são sons das estruturas de poder, já que frequentemente vêm de máquinas produtivas ou poluentes e de gravações voluntárias ou involuntárias da natureza ou da civilização, que também envolvem aparelhos de alta ou baixa qualidade e carregam implicações de pode.”
– Vivian Caccuri
Sobre a artista

Formada em Artes Plásticas (UNESP, 2013), Vivian Caccuri (1986, São Paulo, Brasil) pesquisa o som através de composições incomuns que desorientam o arranjo convencional de experiências cotidianas. Na Universidade de Princeton, publicou o livro O que faço é música (7 Letras), investigando os primeiros discos de vinil feitos por artistas plásticos no Brasil; a publicação ganhou o Prêmio Funarte de Produção Crítica em Música. Mais recentemente, lançou seu primeiro disco de vinil, A Soul Transplant (2019). A artista foi vencedora dos prêmios Rumos Itaú Cultural (2008) e Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia (2011), além de ser nomeada para o Future Generation Art Prize (2017) e finalista do Prêmio PIPA (2018).